John Piper
Alguém me perguntou, depois da reunião de oração de terça-feira, em resposta ao ataque terrorista de 11 de setembro de 2001: “Podemos orar por justiça e, ao mesmo tempo, amar nossos inimigos?” A resposta é: “Sim”.
Mas comecemos com nossa própria culpa. Os crentes sabem que, se Deus nos tratasse somente de acordo com a justiça, pereceríamos sob a sua condenação. Somos culpados de traição contra Deus, em nosso orgulho e rebeldia pecaminosa. Merecemos apenas juízo. A justiça tão-somente nos condenaria ao tormento eterno.
No entanto, Deus não lida conosco apenas em termos de justiça. Sem comprometer a sua justiça, Ele “justifica o ímpio” (Rm 4.5). Isso parece injusto. E realmente seria se Deus não tivesse enviado Jesus para viver e morrer por nós. A misericórdia de Deus fez com que Ele mandasse seu Filho para sofrer sua ira, de modo a satisfazer a sua justiça, quando Ele justifica pecadores que crêem em Jesus. Por conseguinte, temos nossas vidas por causa da misericórdia e da justiça (Rm 3.25-26). Elas se encontraram na cruz.
Não estamos em condições de exigir justiça divorciada da misericórdia. Jesus ordenou: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.44-45). É evidente que Jesus apresentou isto como um homem perfeito. “Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho” (Rm 5.10). E mesmo quando Jesus fez isso por seus inimigos, Ele orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).
A ressoante ordem dos apóstolos é: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis... Não torneis a ninguém mal por mal... não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber” (Rm 12.14-20). Quando vivemos desta maneira, magnificamos a glória da misericórdia de Deus e o todo-satisfatório Tesouro que Ele é para a nossa alma. Demonstramos isso por causa do supremo valor que Ele é para nós, e não precisamos do sentimento de vingança pessoal para ficarmos contentes.
Não negamos esta verdade quando dizemos que Deus deveria também ser glorificado como Aquele que governa o mundo e delega parte de sua autoridade a Estados Civis. Portanto, alguns dos direitos de Deus, como Deus, são dados aos governantes humanos com o propósito de restringir o mal e manter a ordem social com leis justas. Isto era o que Paulo tencionava dizer quando escreveu: “Não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas... visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem... não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Rm 13.1-4).
Deus quer que a justiça humana tenha uma influência controladora entre os governos, os cidadãos e autoridades civis. Ele não preceitua que os governos sempre fiquem passivos e não revidem a insultos. “Não é sem motivo” que o governo “traz a espada”. A polícia tem o direito, outorgado por Deus, de usar a força para restringir o mal e trazer os infratores à justiça. E Estados legítimos têm a autoridade, outorgada por Deus, de restringir agressões que ameaçam vidas e trazer os criminosos à justiça. Com este entendimento, a justiça, que é prerrogativa de Deus, executada por autoridades humanas por ordem de Deus, glorifica a justiça de Deus, que, em sua misericórdia, manda que o pecado e a miséria sejam restringidos na terra.
Portanto, magnificamos a misericórdia de Deus por orarmos em favor de nossos inimigos, para que sejam salvos e reconciliados com Ele. A nível pessoal, estaremos dispostos a sofrer pelo bem eterno deles e lhes daremos comida e bebida. Lançaremos fora o ódio malicioso e a vingança particular. A nível público, também magnificaremos a justiça de Deus por orarmos e trabalharmos para que a justiça seja feita na terra, se necessário por meio de força empregada de forma sábia e comedida, com base na autoridade ordenada por Deus.
Alguém me perguntou, depois da reunião de oração de terça-feira, em resposta ao ataque terrorista de 11 de setembro de 2001: “Podemos orar por justiça e, ao mesmo tempo, amar nossos inimigos?” A resposta é: “Sim”.
Mas comecemos com nossa própria culpa. Os crentes sabem que, se Deus nos tratasse somente de acordo com a justiça, pereceríamos sob a sua condenação. Somos culpados de traição contra Deus, em nosso orgulho e rebeldia pecaminosa. Merecemos apenas juízo. A justiça tão-somente nos condenaria ao tormento eterno.
No entanto, Deus não lida conosco apenas em termos de justiça. Sem comprometer a sua justiça, Ele “justifica o ímpio” (Rm 4.5). Isso parece injusto. E realmente seria se Deus não tivesse enviado Jesus para viver e morrer por nós. A misericórdia de Deus fez com que Ele mandasse seu Filho para sofrer sua ira, de modo a satisfazer a sua justiça, quando Ele justifica pecadores que crêem em Jesus. Por conseguinte, temos nossas vidas por causa da misericórdia e da justiça (Rm 3.25-26). Elas se encontraram na cruz.
Não estamos em condições de exigir justiça divorciada da misericórdia. Jesus ordenou: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.44-45). É evidente que Jesus apresentou isto como um homem perfeito. “Se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho” (Rm 5.10). E mesmo quando Jesus fez isso por seus inimigos, Ele orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34).
A ressoante ordem dos apóstolos é: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis... Não torneis a ninguém mal por mal... não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber” (Rm 12.14-20). Quando vivemos desta maneira, magnificamos a glória da misericórdia de Deus e o todo-satisfatório Tesouro que Ele é para a nossa alma. Demonstramos isso por causa do supremo valor que Ele é para nós, e não precisamos do sentimento de vingança pessoal para ficarmos contentes.
Não negamos esta verdade quando dizemos que Deus deveria também ser glorificado como Aquele que governa o mundo e delega parte de sua autoridade a Estados Civis. Portanto, alguns dos direitos de Deus, como Deus, são dados aos governantes humanos com o propósito de restringir o mal e manter a ordem social com leis justas. Isto era o que Paulo tencionava dizer quando escreveu: “Não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas... visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem... não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal” (Rm 13.1-4).
Deus quer que a justiça humana tenha uma influência controladora entre os governos, os cidadãos e autoridades civis. Ele não preceitua que os governos sempre fiquem passivos e não revidem a insultos. “Não é sem motivo” que o governo “traz a espada”. A polícia tem o direito, outorgado por Deus, de usar a força para restringir o mal e trazer os infratores à justiça. E Estados legítimos têm a autoridade, outorgada por Deus, de restringir agressões que ameaçam vidas e trazer os criminosos à justiça. Com este entendimento, a justiça, que é prerrogativa de Deus, executada por autoridades humanas por ordem de Deus, glorifica a justiça de Deus, que, em sua misericórdia, manda que o pecado e a miséria sejam restringidos na terra.
Portanto, magnificamos a misericórdia de Deus por orarmos em favor de nossos inimigos, para que sejam salvos e reconciliados com Ele. A nível pessoal, estaremos dispostos a sofrer pelo bem eterno deles e lhes daremos comida e bebida. Lançaremos fora o ódio malicioso e a vingança particular. A nível público, também magnificaremos a justiça de Deus por orarmos e trabalharmos para que a justiça seja feita na terra, se necessário por meio de força empregada de forma sábia e comedida, com base na autoridade ordenada por Deus.
0 comentários :
Postar um comentário